domingo, 01/12/2024
Alberto Almeida, presidente do Setransp: falta apoio nas três esferas de governo

Setransp aguarda licitação do transporte este ano; na Prefeitura, silêncio

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Plano de mobilidade urbana, licitação do transporte público e reajuste na tarifa. Estas são as três principais discussões que devem movimentar 2018, no entendimento do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp), Alberto Almeida. Para ele, a mobilidade e a licitação são extremamente importantes porque o primeiro vai definir como as futuras empresas vão trabalhar na capital para atender aos usuários do setor.

“A licitação é uma obrigação legal”, frisou Alberto, na expectativa que o prefeito da capital, Edvaldo Nogueira (PCdoB) inicie os procedimentos este ano.  Junto a isso, o plano de mobilidade, “o mais importante a ser implantado em Aracaju e faz um planejamento para os próximos anos”, destacou o presidente do Setransp.

O secretário de Comunicação da Prefeitura de Aracaju, Luciano Correia, foi procurado por duas vezes, na quinta e sexta-feira (11 e 12) para falar sobre a licitação do transporte coletivo e nos dois momentos disse que iria procurar as pessoas envolvidas para se informar. Mas isso não aconteceu. Uma fonte da Prefeitura, que pediu para não ser identificada, disse que a licitação, sequer, saiu do papel.

Tarifa – Um outro ponto fundamental a ser decidido este ano é o reajuste da tarifa. Por enquanto o Setransp está elaborando um relatório, com dados de 2017, para entregar à Prefeitura Municipal pleiteando um novo valor. A tarifa atual de R$ 3,50, segundo Alberto, trouxe dificuldades para os empresários, principalmente quando do pagamento do 13º salário, pois muitos tiveram que recorrer a empréstimos bancários que estão sendo quitados.

O reajuste do ano passado foi de 12,9%, 50% menor do que o solicitado pelo Setransp, que queria uma tarifa de R$ 4,06. E ainda foi abaixo R$ 3,54, valor encontrado pelos estudos da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT).

Na concepção de Alberto, o futuro reajuste tem que fazer frente aos sucessivos problemas econômicos enfrentados pelas empresas. Pelo menos, 21% do custo do sistema é com o óleo diesel, que reflete imediatamente sobre a tarifa. “Estamos enfrentando várias dificuldades, inclusive, para cumprimento de obrigações com fornecedores e funcionários. Tivemos queda de 20% no número de passageiros, na comparação com 2017 com 2014 e um aumento de custo, por exemplo no combustível, em apenas um ano, na ordem de 25%”, explicou.

 

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