O Sindipetro Sergipe/Alagoas vai mobilizar a sociedade contra a decisão da Petrobras de vender o campo de Carmópolis, no interior de Sergipe. Esse movimento será no mês de novembro, logo depois de concluídas as eleições para escolha da nova direção do sindicato. O diretor do Sindipetro, Fernando Borges da Silva, afirmou que não serão somente os funcionários concursados da estatal e terceirizados que irão ter prejuízos, mas, principalmente, o Estado que perderá os royalties.
“Não adianta o Sindipetro fazer um ato sozinho. É chamando todo o movimento sindical, os parlamentares e a imprensa para mostrar que o prejuízo não é só dos petroleiros, mas de todo o Estado. A Petrobras ajudou no desenvolvimento do país, fez surgir a indústria naval, os polos petroquímicos”, disse Fernando Borges.
Além do campo de Carmópolis, considerado histórico porque foi justamente ali que se descobriu petróleo em Sergipe, outras unidades praticamente não existem mais. “Infelizmente, o governo vem com a posição de acabar com o Nordeste”, lamentou o sindicalista, ao lembrar que desde o governo Fernando Henrique Cardoso, passando por Lula e Dilma, chegando a atual, que já existe a desestruturação da Petrobras.
Hoje, observa Fernando, não está ocorrendo a venda das unidades da Petrobras, mas sim a “entrega”. Ele criticou a venda da Fafen em Sergipe e na Bahia, que geravam milhares de empregos. “A Unigel, aqui no Estado, vai trabalhar com 200 pessoas”, criticou.
Ontem, na Assembleia Legislativa, o deputado Iran Barbosa (PT) repudiou a decisão da Petrobras. Segundo ele, é preciso que Sergipe proteste e reaja contra mais essa medida entreguista.
Iran alertou que o pacote de venda, denominado Polo Carmópolis, inclui onze concessões de áreas na Bacia Sergipe-Alagoas, quais sejam Carmópolis, Aguilhada, Angelim, Aruari, Atalaia Sul, Brejo Grande, Castanhal, Ilha Pequena, Mato Grosso, Riachuelo e Siririzinho, todas localizadas em Sergipe.
“Estou perplexo com o anúncio feito e já amplamente divulgado da venda do Polo Carmópolis. O campo de Carmópolis é histórico, desde a década de 60 que produz de forma efusiva e está incluído em um pacote de vendas. O campo tem um volume estimado em reserva de 1,7 bilhão de barris de petróleo; é uma das mais antigas áreas em produção da Petrobras; e chegou a ser um dos maiores campos petrolíferos da América Latina”, lamentou.
“O Polo Carmópolis produziu 10 mil barris de óleo por dia e 73 mil metros cúbicos por dia de gás, de janeiro a setembro deste ano. A área à venda soma quase três mil poços em operação, 17 estações de tratamento de óleo, uma estação de gás em Carmópolis, 350 quilômetros de gasodutos e oleodutos, as bases administrativas de Carmópolis, Siririzinho e Riachuelo, incluindo, ainda, o Polo Atalaia, que contém o Terminal Aquaviário de Aracaju (Tecarmo), uma unidade de processamento de gás e oleodutos”, acrescentou.
O parlamentar chamou a atenção para o que está sendo divulgado pela estatal, dando conta que a produção do polo ‘atende o mercado interno brasileiro, mas poderá ser oferecido contrato de compra de óleo pela Petrobras em termos a serem informados durante o processo’.
“Ou seja, nós produzimos, desenvolvemos a tecnologia, selecionamos os melhores quadros de trabalhadores para servirem ao povo e agora vai ser colocado à venda, apesar de continuarmos produzindo e abastecendo o mercado interno. Ainda, a estatal vai vender o Polo para depois comprar o petróleo”, disse.
“O patrimônio do povo brasileiro tem sido tratado como uma mercadoria simples. Gostaria de lamentar profundamente a forma pela qual o nosso patrimônio está sendo entregue ao mercado”, refutou Iran Barbosa.
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