A música “Miséria” da banda rockTitãs reflete muito bem a situação de 8,5 mil professores estaduais aposentados que, hoje, 22, fizeram um protesto intitulado “Natal da Miséria”, em frente ao Palácio dos Despachos, sede do Governo do Estado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintese), os aposentados não receberão o décimo terceiro salário em dezembro, mas somente no dia 11 de janeiro. Um cartaz, colocado estrategicamente na avenida Adélia Franco, retratou a indignação da categoria com três secretários de Estado (Administração, Fazenda e Educação) e o governador Jackson Barreto, chamando-os ironicamente de mestres.
O diretor do departamento de base estadual do Sintese, Roberto Silva Santos, lembra que no artigo 95 do Sergipeprevidência diz que os aposentados têm que receber o décimo terceiro salário até o dia 30 de dezembro, mas não é isso que vai ocorrer. “O ato é uma representação de como serão as festas de final de ano dos educadores e educadoras aposentados”, afirmou Roberto Silva.
“Nós aposentadas e aposentados temos sido os mais castigados. Mas não vamos esmorecer, estaremos nas ruas lutando pelos nossos direitos”, disse a professora Maria Luci Leite, diretora do Departamento de Aposentados do Sintese.
A professora aposentada, Ana Lúcia dos Santos, diz que pela primeira vez, em 56 anos, está vivendo uma situação vexatória e, literalmente, na miséria. “Eu esperava o décimo terceiro para colocar algumas contas em ordem, mas não vou ter nada. A mãe de Jackson, que foi professora, deve estar decepcionada com a atitude do filho”, lamentou. “Mas tudo passa. Jackson vai passar”, disse confiante.
Mesmo diante da situação dos aposentados, o Sintese está orientando a todos a não contraírem empréstimos, e afirma que “no projeto aprovado na Assembleia Legislativa (Alese) não há nenhuma garantia de que teremos o décimo terceiro parcelado, nem mesmo que o Governo do Estado se responsabilizará pelo pagamento das parcelas do abono junto ao banco, caso o servidor faça o empréstimo. Por isso, o Sintese considera que o projeto aprovado na Alese é um calote ao servidor público”.
No cartaz colocado na avenida Adélia Franco, intitulado “Legião do J”, o Sintese ironiza com o secretário de Planejamento e Gestão, João Augusto Gama, chamando-o de “mestre em sobreamento de crises”; Jefferson Passos, da Fazenda, “mestre do disfarce dos números”; Jorge Carvalho, da Educação, “mestre na perseguição a professores e em promover o sucateamento das escolas públicas”, e o governador Jackson Barreto, como “mestre em desvalorização do servidor público”. Questionado sobre as críticas feitas pelo Sintese ao Governo do Estado, o secretário de Comunicação, José Sales Neto, disse que não tinha nada a declarar.
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