Vivemos em um mundo onde as palavras, sobretudo quando usadas de maneira eloquente e impositiva, sobressaem como se verdade plena as fossem. Palavras soltas, jogadas ao vento e desprovidas de conteúdo, têm sido utilizadas, desde os primórdios, para demonstrarem poder e subjugar aqueles que, movidos pelas paixões ou medos, deixam-se ludibriar pelas letras graúdas e inebriantes, ainda mais quando usadas por aqueles que se escondem por detrás de uma casca que sugere um doce sabor, não obstante sua polpa encontra-se repleta de amargor e veneno.
Método adotado por tiranos dos mais diversos, a humanidade teima em ficar passiva diante de tal artimanha vil e destruidora, assumindo sua insignificância perante o Criador, quando a tolerância e compaixão são obnubiladas pela traição, mentira, inveja e vaidade, assim como o encanto da serpente que baniu do paraíso os filhos do Deus inquestionavelmente justo, sincero e verdadeiro!
E assim a história se repete, por séculos e séculos afora, deixando-nos ainda reféns desse subterfúgio dos enfermos d’alma. Na tentativa de guiar nossa caminhada, foi enviado Jesus Cristo para mostrar-nos que a humildade, o servir e, mais que isso, a prática de uma vida essencialmente pura e limpa constroem homens e mulheres dignos, trabalhando tão somente pelo seu semelhante, sem olhar a quem, servindo ao seu algoz, lavando a lama do pé alheio, morrendo para salvar-nos… O verdadeiro exemplo do Cordeiro imolado na cruz pelos seus, traído pelo seu próprio discípulo e ainda hoje mal compreendido por muitos que, levados pelo instinto animalesco e pela cegueira do espírito, não reconheciam sê-lo o amor incondicional, desprovido de qualquer inveja, rancor, ódio ou vingança. Um amor sublime!
E assim percorremos ainda inseridos numa sociedade estratificada por diplomas, cargos, raças, gêneros e contas bancárias, fria e escura, em que as máximas frases – “manda quem pode e obedece quem tem juízo”, “façam o que digo, mas não façam o que faço”, “as aparências valem mais que a essência” e “a mentira repetida mil vezes pode virar uma verdade” – são propagadas inconsequentemente, onde o núcleo familiar perdeu suas referências e onde se procura cegamente aniquilar os diferentes.
É premente despertarmos desse coma insano!
Só através das nossas valorosas ações e dos nossos bons modos, tal qual os Mestres nos demonstraram, podem, de fato, reanimar este povo moribundo, com o remédio do compromisso para com nossos semelhantes, a fraternidade entre os povos e a prática da benevolência.
Ser bom é agir, é dar exemplos concretos, é praticar o silêncio das palavras e ouvir o grito do malhete atacando o cinzel e deste, na pedra irregular, bruta e recoberta de impurezas, em busca da perfeição, da pedra polida e perfeitamente cúbica. Esta pedra não é doada e sim conquistada arduamente, tal qual a sabedoria do rei Salomão, virtude das mais relevantes, que não se ganha, se procura incansavelmente, formando homens livres e de bons costumes. E eles transmitirão ensinamentos que edificam templos à virtude, revelam o real significado de nossa passagem neste plano e, consequentemente, para que mais e mais exemplos possam ser copiados e perpetuados pelas gerações, resgatando-se o sentido da nossa existência!
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(*) Hernan Augusto Centurion Sobral é médico cirurgião e coloproctologista. Mestre maçom da Loja Maçônica Clodomir Silva 1477, exercendo atualmente o cargo de orador.
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