Poemas-caldos, de cana a gana da vida que aflora dentro dos sóis de morte de uma vida cabralina e severina pernambucana e universal. Quanto caldo humano extraído como suor das magrezas agrestes e solenes e quanta mata fechada é o destino de tantos e de muitos de nós! Um golpe de facão amolado é o galope embolado nas gargantas secas de homens curvados sem pés nem chão com seus pés no chão. Que guerra é essa que nunca cessa? Que fronteira é essa que nunca se enche de paz? Caldo amargo é o viver embotado de tanto açúcar no sangue cristal. Sangue preso. Sangue duro. Sangue frio. Coagulado. Mancha na própria pele, uma nódoa eterna. Homem que se esgana para ter nem-se-sabe-o-quê.
Malvadeza mesmo.
Puta merda, por que somos assim? Tanto ódio, para quê? Desgraça! Desgraçados de nós, homens nojentos! Esse açúcar sem açúcar que não adoça a vida de ninguém que trabalha e que só trabalha e que não desfruta da Beleza. Beleza é morte? Deus não está aqui, na usina. Deus é a fumaça da queima. Preta. Grossa. Com fuligem. Vegetal. Deus vegeta. Deus trabalha feito avestruz. Deus não usa luvas. Deus se corta. Deus adoça a boca do consumidor. Deus sem usina, nu, sendo usado, moído, garap’alma, sugado, um grude só. Todo-caldo. É Deus.
Chã. Chapada. Enoo Miranda. Sim. Seremos moídos. E remoídos. Pela poesia. Insisto.
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