Cidades

SSP tem 90 foragidos por crimes contra crianças

Compartilhe:

Cerca de 90 pessoas que praticaram crimes sexuais contra crianças e adolescentes estão foragidas em Sergipe. A estimativa é da delegada Lara Schuster, titular da Delegacia de Atendimento à Criança e Adolescente Vítima, que pede o apoio da população para que dê informações à polícia que levem a estes acusados.  Até abril deste ano, já foram concluídos 118 inquéritos, com 71 indiciamentos de pessoas que praticaram este tipo de delito.

Estes dados sobre o caos de violência contra crianças e adolescentes foram apresentados, hoje, 17, pelo Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da Secretaria de Segurança Pública (SSP) para chamar a atenção da população sobre este tipo de delito. O principal objetivo é que todos denunciem para que os agressores possam ser levados à Justiça.

A intenção, também, de divulgar estes dados é porque quarta-feira 18, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.  A data foi escolhida porque a menina Aracely Cabrera Crespo, então com oito anos, foi raptada, estuprada e morta. Passados 42 anos do crime, que ocorreu no Espírito Santo e chocou o país, os responsáveis foram absolvidos pela Justiça.

Mais números –  As delegadas Lara Schuster e Mariana Diniz afirmaram que, através do Disque Denúncia 181, a polícia recebe denúncias anônimas que são alvo de apuração. Em 2013, foram 303; em 2014, 288; 2015, 255; e de janeiro a abril deste ano, 92.

O DAGV também contabilizou o número de boletins de ocorrências registrados em Sergipe. Em 2013, foram 1.114; em 2014, 937; em 2015, 960; e de janeiro a abril deste ano, 382. A polícia instaurou 238 inquéritos em 2013; 228, em 2014; 202, em 2015; e 70 de janeiro a abril deste ano.

Para as delegadas, no entanto, esses números, apear de altos, ainda não refletem a realidade, pois existe muita subnotificação dos casos porque a maioria dos crimes acontece dentro dos lares e as pessoas que deviam zelar pela preservação das crianças são, muitas vezes, os agressores.

Um boletim elaborado pelo DAGV e distribuído à imprensa, mostra com o  as pessoas podem fazer denúncias: além de procurarem uma delegacia de polícia, elas podem ir ao conselho tutelar da cidade, ligar para o número 100  ou 181, ou ainda, procurar a escola, as Polícias Militar, Federal ou Rodoviária Federal.

O DAGV diz que não existe um perfil definido dos agressores. Mas, em geral, são pessoas da família, supostamente acima de suspeita. Elas lembram de casos envolvendo padres e pastores evangélicos que tinham a confiança da comunidade e de determinadas famílias e, se aproveitando disso, cometiam os crimes.

Compartilhe:
Antônio Carlos Garcia

CEO do Só Sergipe

Posts Recentes

Sergipe se torna palco do surfe brasileiro com o Abaís Surf Festival

  O Governo do Estado de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Esporte…

4 horas atrás

Nota de esclarecimento sobre quantitativo de animais em residências particulares

  A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) vem, por meio desta, esclarecer a população…

10 horas atrás

Felipe Rutini e a origem da excelência vinícola no Valle de Uco

  Por Silvio Farias (*)   m 1885, Felipe Rutini fundou a Bodega La Rural…

12 horas atrás

A Bahia lidera o ranking no Nordeste de potência em energia solar; Sergipe está em último lugar

  De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a Bahia…

13 horas atrás

Trump anuncia taxa de 10% para produtos brasileiros

  O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje, 02, um "tarifaço" global sobre…

1 dia atrás

Governo Federal destina áreas para habitação social e regularização fundiária em Aracaju

O Governo Federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos…

1 dia atrás