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Startups sergipanas são destaques no cenário nacional

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Apesar de Sergipe ter a menor densidade de startups, na visão da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), três delas são destaques no cenário nacional: Pagcerto, Filazero e Episafe. Para o advogado empresarial, especialista em startups, Thiago Noronha, o ecossistema de Sergipe vem, desde 2016 num processo de maturação puxando startups que conseguiram alcançar um estágio de aceleração. As três sergipanas citadas são exemplos, diz Noronha.

Amure Pinho: “ecossistema emergente”

Um levantamento feito pela Abstartups mostra na sua base de dados 18 startups mapeadas em Sergipe, sendo que quatro delas encontram-se fora de operação. Aracaju, mapeada pela associação, é onde se concentra maior número: “são seis ativas na comunidade Caju Valley”, diz o presidente da entidade, Amure Pinho.

Amure afirma, no entanto, que mesmo com a menor densidade, “Sergipe tem um ecossistema considerado ainda emergente em comparação com os estados com mais densidade na região, como Bahia, com 253; Pernambuco, com 210 e Ceará com 183 startups”.

O advogado Thiago Noronha, por sua vez, acredita que o número de startups pode estar defasado e explica que “o grande problema de Sergipe é conseguir mapear os dados reais, pois as empresas nascem e morrem de forma rápida,  por isso a dificuldade de ter uma base real”.

Segundo ele, as startups mudam muito rápido.  “Uma das coisas é errar rápido para corrigir rápido. Muitas vezes, antes de formalizar, os criadores entendem que não é viável e isso não tem tempo hábil de ser contabilizado”.

Centelha

“A Pagcerto segue como principal case de sucesso e fonte de inspiração para novos modelos de negócio inovadores na região. Apesar de contar com parceiros como Sebrae e programas de incentivo como o Centelha, a comunidade do estado ainda está em desenvolvimento comparada a outras cidades e estados do Nordeste”, destaca Amure Pinho.

O aplicativo está disponível

Leia também: Aplicativo produzido em Sergipe quer acabar com as filas

Thiago Noronha explica que a Pagcerto, principal case de sucesso no Estado, é uma empresa de meio de pagamento que foi aportado por um fundo de investimento, o Criatec 2; para ele, a empresa deu status nacional para Sergipe dentro do ecossistema como um todo.

Noronha diz que há uma rede de parceiros para startups, como o Sebrae e Fapitec, que entende a importância do ecossistema de inovação e fomenta para que mais projetos surjam e consigam gerar novos negócios capazes de projetar Sergipe para o Brasil e para o mundo.

Ele lembrou, ainda, do Projeto Centelha que é nacional, mas setorizado, com etapas para fomentar o ecossistema estadual. “Em Sergipe, exatamente 579 ideias de startups foram submetidas a análise. Dessas, 201 foram aprovadas na primeira fase, 101 na segunda fase para chegar às 23 aprovadas da fase final. Mas isso não quer dizer que só existam essas 23, porque todas que estiveram no processo são ideias que podem estar sendo tocadas”, explicou.

Mapeamento

O enunciado da Abstartup sobre Sergipe, contido no estudo da região Nordeste, diz que “Aracaju é a única cidade do Sergipe presente nesse mapeamento. Apesar do Inova + Sergipe englobar diversas cidades conseguimos trazer apenas a Caju Valley para estar presente nesse mapeamento. Com seis iniciativas ativas mapeadas pelo startupbase a comunidade tem a maioria das startups em fase de tração com 1-5 funcionários”.

O estudo diz, ainda, que “a cidade não tem um grupo dominante de startups. Ela se divide bem entre finanças, saúde, educação e energia. Diferente da média brasileira o mercado alvo predominante é o B2C (business to consumer)”. Na tradução livre do inglês, B2C significa  “empresa para consumidor’, uma operação comercial onde a venda de produtos, serviços ou informações é efetuada diretamente entre a empresa e o consumidor final ou cliente.

“Com mais de 50 encontros realizados a Caju Valley busca principalmente conexões e apoio para tornar o ecossistema cada vez mais próspero e forte. A comunidade, além de eventos próprios, tem trazido outras iniciativas de peso como o startup weekend e o Startup Day para a cidade. Cada vez mais a comunidade busca se desenvolver com ajuda interna e externa”.

Baixe aqui o Mapeamento Nordeste

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Antônio Carlos Garcia

CEO do Só Sergipe

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