O camarote usado há 40 anos pela Associação dos Cronistas Desportivos de Sergipe (ACDS), no Baptistão, foi pedido de volta pela Superintendência dos Esportes, vinculado à Secretaria de Estado da Educação. A solicitação, através de ofício, foi feita pela superintendente Mariana Dantas, ao presidente da ACDS, Adel Ribeiro. Motivo: o camarote da superintendência vai ocupar o lugar que era da ACDS, por ter mais condições de abrigar os convidados do governo. A decisão de Mariana causou polêmica nas redes sociais.
Na segunda-feira, às 11 horas, Adel Ribeiro foi convocado para uma reunião com Mariana Dantas, na superintendência de Esportes para tratar do assunto.
A superintendente Mariana Dantas disse que decidiu trocar o camarote da superintendência pelo da ACDS e vice-versa, que são divididos apenas por uma parede, “por entender que o espaço da ACDS tem mais espaços para receber os convidados do governo”. Ela citou, por exemplo, que no domingo passado, 21, no jogo entre Confiança e Imperatriz, um dos convidados era o reitor da Universidade Tiradentes (Unit), Jouberto Uchôa, e sua esposa Amélia Uchôa.
“Minha intenção não é prejudicar a ACDS, tanto que a associação ficou com uma boa estrutura. Quando se trata de futebol, não tem essa de profissão, mas da paixão que une a todos. E o Estado precisa de um espaço mais adequado para os convidados. E entendi que o camarote que era da ACDS teria condição melhor de oferecer isso”, reforçou Mariana Dantas.
Ela disse, ainda, que ficou surpresa com a polêmica nas redes sociais, por ter feito apenas uma troca de camarote. Segundo a gestora, o esporte sergipano é maior que essa polêmica e há projetos importantes sendo tocados pela superintendência para todas as praças esportivas sergipanas.
Ao longo desses 40 anos, os radialistas se reuniam no camarote da ACDS para acompanhar os jogos no Baptistão. Nas redes sociais, jornalistas e radialistas estão se manifestando contra a decisão de Mariana Dantas e já anunciaram que vão procurar o secretário estadual de Comunicação, Sales Neto, para que o assunto chegue até o governador Belivaldo Chagas para ele resolver.