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Termina uma greve e começará outra

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Enquanto os professores da rede estadual de ensino decidiram voltar ao trabalho, depois de 30 dias de greve e com um débito com a Justiça que ultrapassa aos R$ 200 mil, os servidores da área administrativa do governo vão paralisar as atividades a partir da próxima quinta-feira, dia 25.  O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Sintese) avaliou que saiu da greve com um sentimento de indignação com Justiça por ter mantido a ilegalidade do movimento e triste com o descaso do Governo que não negociou com a categoria. Já o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público (Sintrase)  quer que o governo implante, na íntegra, o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV), aprovado em abril de 2014.

Quanto aos professores, mesmo voltando ao trabalho, eles continuarão em estado permanente de assembleia e para o dia 1º de julho convocaram uma reunião com a categoria no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGS) para deliberar sobre os atos para reivindicar o reajuste de 13,01%, que deveria ser dado desde janeiro passado.  A greve terminou sem que eles conseguissem esse aumento.

Mesmo com o retorno às aulas, o trabalho dos professores está comprometido porque os servidores administrativos estarão parados. O presidente do Sintrase, Diego Araújo, ressaltou que a greve da categoria foi algo inevitável.  “Essa decisão representa o desgaste que o servidor do Estado vem sofrendo durante anos, em especial, desde a aprovação do PCCV no ano passado, que acabou não saindo do papel. Devido à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), os ganhos do Plano foram bloqueados e o servidor, na prática, continuou recebendo menos de um salário mínimo”.

“Hoje, dentro da base do Sintrase que engloba 12 mil servidores, cerca de sete mil recebem uma miséria em seus contracheques”. Outras pautas também fazem parte das reivindicações da categoria, como a exigência do pagamento dos 30% de periculosidade aos vigilantes do Estado”,  completou Diego.

Chama – Enquanto isso, no Sintese, a presidente Ângela Melo afirmou que a categoria não sai derrotada, pois construiu uma greve histórica, uma resistência e “vamos continuar porque temos um grande grupo de professores que está disposto a fazer luta nas ruas, nas praças e dentro da sala de aula. Mesmo com o fim da greve, a chama da luta continua acesa”.

Depois da assembleia, os professores desocuparam o Palácio de Despachos, onde estavam desde o dia 27 de maio, foram até a porta da Secretaria de Educação e fizeram a queima de Judas, que era um boneco simbolizando o secretário Jorge Carvalho. “Não daremos descanso ao secretário e ao governador Jackson Barreto”, disse Ângela Melo. Entre os atos que serão feitos pelo Sintese, está previsto o enterro simbólico do governador.

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Antônio Carlos Garcia

CEO do Só Sergipe

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