"Ubuntu: eu sou porque nós somos” — Em vez de competir, elas [as crianças] escolheram estar juntas, porque a verdadeira alegria é compartilhada Imagem: Pixabay
Professor Manuel Luiz Figueiroa (*)
Gênesis 1:26-28 diz que Deus criou o homem à sua imagem conforme sua semelhança; e em 2:22-24, Deus criou a mulher, homem e mulher, como dualidade fundida na unidade, pois os dois são um. Homem e mulher se complementam, um cuida do outro, como dualidade e por também ser unidade ao cuidar do outro está cuidando de si. O homem esteve ao lado da sua mulher em todos os momentos inclusive ao concordar com sua companheira no pecado da desobediência. Em nenhum momento houve destaque para o sentimento de competição entre os dois, homem e mulher.
Com a procriação, nascimento de filhos, a unidade permanece no que se denominou família e o princípio de ajuda mútua permanece. Entretanto, não raro é a ocorrência da competitividade entre os seus membros. Estas famílias se aglomeraram em tribos, vilas, cidades, países e comunidade mundial. O que se registra é a permanência da beligerância entre esses grupos humanos rompendo o princípio da unidade, pois somos uma só raça humana.
Como resistência a esse estado de coisas aprende-se com a Lenda do Ubuntu, uma história africana que ilustra os valores de cooperação, igualdade e respeito. Ela conta a história de um antropólogo que propõe uma brincadeira a crianças de uma tribo africana.
O antropólogo coloca um cesto de frutas perto de uma árvore.
Ele diz às crianças que a primeira a chegar à árvore ganha todas as frutas.
Quando ele dá o sinal, todas as crianças se dão as mãos e correm juntas.
Elas se sentam juntas e desfrutam das frutas.
Quando ele pergunta por que elas haviam corrido assim, elas responderam: “Ubuntu, como um de nós pode ficar feliz se todos os outros estão tristes?”
Este é um caso da unidade absorvendo a multiplicidade, a cooperação sobrepujando a competição, na unidade se faz presente o respeito a si porque todos são um único.
Ubuntu é uma palavra de origem africana da língua Zulu e Xhosa com vários significados dos quais se destaca “I am because we are” – eu sou porque nós somos.
A filosofia Ubuntu tem origem nas tradições e cosmovisões africanas e foi utilizada por Nelson Mandela com data de nascimento de 18 de julho de 1918 em Mvezo e faleceu em 05 de dezembro de 2013 em Joanesburgo, ambas cidades da África do Sul nas suas lutas contra o Apartheid, promovendo a reconciliação nacional do seu país.
O arcebispo Desmond Tutu, nascido em 07 de outubro de 1931 em Klerksdorp, África do Sul, e falecido em 26 de dezembro de 2021 na cidade do Cabo – África do Sul no livro, “No Future Without Forgiveness” (“Sem Perdão Não Há Futuro”) também foi um aplicador da filosofia Ubuntu.
Ubuntu é um procedimento poderoso para solucionar conflitos tão comuns nos tempos atuais, é a indicação de um processo educativo para crianças, adolescentes e adultos pois o viver é aprender, é uma esperança de paz. Umuntu ngumuntu ngabantu – Uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas. UBUNTU para os países em guerra, ubuntu para as divergências conflituosas em nosso país, ubuntu para onde houver conflito.
Bibliografia:
Wilkipedia
Future Without Forgiveness – Desmond Tutu
http://mozafricaview.com/destaque2/ubuntu-uma- filosofia-africana-de-vida
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ubuntu
http://www.espacoubuntu.com.br/a-filosofia-ubunt u.html
http://www.mundoubuntu.com.br/sobre/curiosidad es-do-ubuntu/63-origem-da-palavra-ubuntu
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