Em 26 fevereiro de 2020, foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 da região sudeste e, também, do Brasil. Era um homem de 61 anos, residente da capital paulista, que tinha feito uma viagem para a Itália entre 9 e 21 de fevereiro.
Desde então, até o dia 6 de março de 2020, o sudeste assistiu à infecção de 3.950.522 dos seus habitantes e a morte de 121.025 dos seus conterrâneos.
Dessa forma, o sudeste apresenta uma taxa de 44.704 infectados por 1 milhão de moradores e 1.370 óbitos por 1 milhão de habitantes.
Não olvidando que o Brasil guarda consigo indicadores da ordem de 52.053 casos por 1 milhão de pessoas e 1.258 mortes por 1 milhão de moradores.
Sendo proprietária de 42,1% da população brasileira, a região sudeste possui 36,1% das notificações de Covid-19 no Brasil e 45,8% dos seus vitimados.
Possuindo uma proporção de 3,06% de mortos em relação ao total de infectados, em 6 de março de 2021, se a região convergisse para o perfil internacional, que está em 2,22%, teria sido possível evitar o falecimento de 33.324 pessoas.
Entretanto, esse quadro é devido, em grande parte, ao estado do Rio de Janeiro, onde pouco menos de 5,7% dos acometidos foram a óbito nesse período.
Com o advento do novo coronavírus, em média, o sudeste vem comunicando 10.507 infecções diárias e testemunhando o falecimento de 322 pessoas contagiadas.
Nesse sentido, o dia de maior impacto foi 29 de julho de 2020, quando se notificou 32,4 mil casos da doença ao mesmo tempo em que se registrou a morte de 958 infectados.
Outrossim, agora em 6 de março de 2021, a média móvel de 14 dias dessas duas dimensões está no patamar diário de 18,2 mil infectados e de 518,4 óbitos.
No que tange às taxas de confirmações de casos e óbitos ocorridos relativos à razão de 1 milhão de habitantes, os estados da região aparecem da seguinte forma:
A trama daí decorrente mostra o estado de São Paulo numa posição intermediária, Minas Gerais, mesmo com suspeitas de subnotificação, numa situação menos precárias que seus pares e Rio de Janeiro e Espírito Santos em pontos extremos de mortalidade e contágio, respectivamente.
Sem deixar de lembrar que essa última unidade federativa é a única desse recorte espacial que está em pior condição do que o país nesses dois indicadores.
Mesmo assim, o quadro no qual o sudeste está inserido é relativamente menos precário do que aquele experimentado pelo centro-oeste, pelo norte e pelo sul do país.
Leia amanhã: Um ano de Covid-19 no Brasil: a região Sul
(*) Emerson Sousa é Mestre em Economia e Doutor em Administração
** Esse texto é de responsabilidade exclusiva do autor. Não reflete, necessariamente, a opinião do Só Sergipe
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