Dentro de alguns anos, o ecoturismo em Sergipe pode ganhar um grande impulso: a construção de uma ciclovia ligando Aracaju a Salvador nos 323 quilômetros da Linha Verde, que separam essas duas capitais nordestinas. O deputado federal e vice-líder do governo na Câmara Federal Gustinho Ribeiro, do Solidariedade, decidiu apoiar o projeto de autoria do seu colega baiano, Arthur Maia. As conversas vêm avançando, e o Governo do Estado já sinalizou que apoia a empreitada que, também, foi abraçada pelo ex-deputado federal André Moura.
A obra não será somente da ciclovia, que por si só já é bastante significativa e vai envolver cifras em milhões de reais. Ela irá impulsionar a economia das cidades sergipanas e baianas que ficam ao longo da Linha Verde. Tanto que, em momento oportuno, Gustinho Ribeiro vai conversar com os gestores das respectivas cidades sobre infraestrutura. Também, na rodovia, haverá pontos de apoio para os ciclistas que se lançarem nesta aventura. “Vamos abrir o diálogo com representantes do ciclismo dos dois estados, justamente para que eles possam opinar”, assegurou Gustinho.
Ao mesmo tempo em que trabalha pela obra da ciclovia, que poderá ser viabilizada pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), Gustinho, há algum tempo, está em outra frente que fará um diferencial enorme para Sergipe: a construção do Hospital de Amor, que cuidará de pacientes oncológicos. “O Hospital de Amor é a maior obra já realizada em Lagarto e está a todo vapor, começando a ganhar forma”, garante o parlamentar, frisando que o investimento é de mais de R$ 150 milhões. Lembrando que o Hospital do Câncer, em Aracaju, ainda é um sonho distante.
O deputado Gustinho Ribeiro, que pensa na reeleição em 2022, é autor do projeto que trata da fixação do piso nacional e da jornada de trabalho do enfermeiro e demais profissionais da área. Esta semana, ele conversou com o Só Sergipe.
Confira a entrevista.
SÓ SERGIPE – O deputado federal baiano Arthur Maia (DEM) quer viabilizar a construção de uma ciclovia nos 323 quilômetros que ligam Aracaju a Salvador pela Linha Verde. Como será a participação do senhor nesse projeto, junto com o ex-deputado federal André Moura?
GUSTINHO RIBEIRO- Eu e o ex-deputado André Moura firmamos uma parceria com o deputado Arthur Maia, que lançou esta ideia de construir uma ciclovia ligando Salvador a Aracaju pela Linha Verde. André Moura vem há 30 dias conversando com o deputado baiano para que o projeto seja viabilizado via Codevasf. Inclusive, me comprometi em destinar recursos para a parte da obra em território sergipano.
SS – Como esse projeto poderá ser viabilizado pela Codevasf? O senhor já tem ideia de quanto custará essa ciclovia?
GR – Vamos trabalhar em Brasília de modo que as tratativas avancem para que sejam viabilizados recursos para o projeto executivo e, em seguida, a realização da obra, que deve ser feita pela Codevasf em parceria técnica com o Ministério do Turismo. Quanto ao valor, saberemos a partir do projeto executivo que será elaborado.
SS – Aliado à construção da ciclovia, como o senhor poderá apoiar os gestores das localidades do lado sergipano que ficam ao longo da rodovia? Questiono isso porque, no futuro, com o impacto positivo dessa obra será necessário melhorar a estrutura destas localidades.
GR – O objetivo da construção desta ciclovia ligando as duas capitais é justamente tornar a região litorânea da Linha Verde um grande atrativo turístico por meio do incentivo ao Ecoturismo. E é claro que vamos buscar os gestores municipais para que estejam engajados com o projeto e preparem seus municípios para a nova realidade. E, para isso, vamos buscar, junto com a bancada, recursos para que cada prefeito possa realizar as melhorias necessárias para atender o público que passará a visitar aquela localidade.
SS– Neste projeto, que visa alavancar o ecoturismo nas duas regiões, está sendo providenciado estrutura de apoio aos ciclistas ao longo dos 323 quilômetros da rodovia?
GR – Com toda certeza. Inclusive, vamos abrir o diálogo com representantes do ciclismo dos dois estados justamente para que eles possam opinar e, desta forma, o projeto a ser executado atenda as necessidades de quem utilizar a ciclovia.
SS– Paralelo a construção da ciclovia, um trabalho forte para atrair turistas será extremamente necessário. O senhor já iniciou as tratativas com o Governo de Sergipe nesse sentido?
GR – Esse é um projeto que conta com o apoio do Governo do Estado. O próprio governador Belivaldo disse isso ao ex-deputado André Moura durante uma reunião esta semana. E vamos estar sempre em contato com o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Turismo, para que seja elaborado todo um trabalho de divulgação do novo atrativo, mostrando nossos potenciais. Vale destacar que uma das nossas prioridades é buscar investimentos para o Turismo, porque no pós-pandemia esse setor será importante para a geração de emprego e renda.
SS – Construções públicas neste país sempre chamam a atenção pela demora na conclusão. Somente para fazer uma comparação, o senhor nasceu em 1982 e a duplicação da BR-101 começou em 1989, tem 31 anos e a parte de Sergipe, a partir de Estância até a divisa com a Bahia, sequer foi iniciada. O senhor tem esperança que ciclovia saia em menos tempo?
GR – Dificilmente veremos uma obra lançada nos tempos atuais demorar tanto tempo para ser concluída. Embora seja uma obra grande, a construção da ciclovia Aracaju/Salvador é bem menos complexa que a duplicação de uma rodovia. Acredito sim que a obra seguirá o cronograma e a ciclovia estará concluída num prazo muito inferior ao da BR-101.
SS – Mudando de assunto. Como está a tramitação do Projeto de Lei 5640/20, de sua autoria, que trata da fixação do piso nacional e da jornada de trabalho do enfermeiro e demais profissionais da área?
GR – A matéria está no Senado Federal e a sua votação vem sendo cobrada por vários parlamentares, além de contar com o apoio da sociedade. O PL trata da valorização destes profissionais da Saúde, que já eram importantes e agora, na pandemia, são ainda mais essenciais e estão atuando na linha de frente no combate à Covid-19.
SS – Numa recente entrevista, o senhor disse que fará o possível para que esse projeto de lei seja aprovado o quanto antes. Seria possível estabelecer um prazo?
GR – Este é um projeto que conta com o meu apoio e, no que for possível, estarei sim empenhado para que seja aprovado o mais breve possível. Quanto ao prazo, vai depender do Senado Federal que, como eu disse, vem sendo pressionado pelos profissionais da enfermagem de todo o país com o apoio da sociedade, inclusive pressionando os senadores por meio das redes sociais.
SS– Em março deste ano, o senhor conseguiu a liberação de mais de R$ 2 milhões para pavimentação de ruas na sede em povoados de Lagarto. Há mais verbas a serem liberadas ainda este ano?
GR – Sim. Para Lagarto, por exemplo, destinamos uma emenda no valor de R$ 3 milhões para construção de uma escola modelo na sede do município. Inclusive, junto com a prefeita Hilda, tratamos da liberação com o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Ponte Lopes. Recentemente, conseguimos a liberação de recursos também para pavimentação de vias em Cristinápolis, Umbaúba, Canindé do São Francisco e Arauá. Além das emendas citadas, temos várias outras que devem estar sendo liberadas no decorrer deste ano para atender as demandas de diversos municípios além de Lagarto.
SS- O Hospital do Câncer, em Aracaju, não saiu do papel. E como está o Hospital de Amor, em Lagarto, que é uma iniciativa sua?
GR – O Hospital de Amor é a maior obra já realizada em Lagarto e está a todo vapor, começando a ganhar forma. Uma luta nossa para que ele fosse construído em nosso município com o apoio de toda bancada de Sergipe no Congresso Nacional. Uma obra que traz orgulho para todos os sergipanos e que irá elevar Lagarto a um patamar nunca antes visto, salvando vidas. Além disso, há uma expectativa de circulação mensal de cerca de R$ 10 milhões na economia local após a sua inauguração. A unidade oncológica será́ referência nacional no estudo, pesquisa, prevenção e tratamento contra o câncer. Um investimento de mais de R$ 150 milhões. Fico muito feliz enquanto deputado federal, ao lado de toda a bancada e da Prefeitura de Lagarto em ver esse projeto se realizar. Nosso trabalho de articulação garantiu que o Hospital de Amor saísse do papel tornando-se a obra mais importante das últimas décadas para o nosso Estado e que beneficiará e salvará a vida de milhares de pessoas.
SS– Como estão as conversas para 2022? O senhor tentará a reeleição como deputado federal ou tem outros projetos?
GR- Estamos dialogando constantemente com diversas lideranças políticas do nosso estado. Nomes fortes, muitos deles com pretensões políticas para 2022. Seguimos aguardando a definição das regras eleitorais para o próximo pleito queremos aglutinar estas lideranças para formação de um grupo forte. Quanto a mim, o projeto atual é buscar, a partir de todo o trabalho desenvolvido em Brasília em prol de Sergipe, a reeleição.
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