Por Cleomir Santos, Consultor de Marketing Digital (*)
Nos últimos dias, uma novidade movimentou o universo da tecnologia e chamou atenção dos profissionais de marketing digital: a OpenAI, criadora do ChatGPT, está testando um protótipo de rede social com funcionalidades inéditas baseadas em inteligência artificial.
A informação foi divulgada pelo site The Verge e repercutiu em diversos veículos de imprensa. Segundo a matéria do jornal O Estado de S. Paulo, o projeto ainda está em fase inicial, mas já conta com um feed onde os usuários podem gerar imagens diretamente via ChatGPT — o que sinaliza uma possível revolução na forma como consumimos e produzimos conteúdo nas redes sociais.
Concorrência direta com X e Meta
Com essa iniciativa, a OpenAI deixa claro que não pretende apenas fornecer ferramentas de IA: ela quer disputar a atenção dos usuários em um mercado dominado por plataformas como X (antigo Twitter) e os serviços da Meta, como Instagram e Facebook.
A ideia de integrar geração de conteúdo por IA a uma rede social representa um novo patamar de automação. Imagine um feed onde textos, imagens e até vídeos possam ser criados com poucos cliques — e adaptados para cada perfil de usuário com base em preferências e comportamentos. É um avanço que promete personalização extrema, mas que também levanta questionamentos importantes.
Oportunidade ou ameaça para criadores de conteúdo?
Se por um lado a novidade pode facilitar a vida de criadores de conteúdo e profissionais de marketing, por outro, reacendem debates sobre originalidade, propriedade intelectual e a saturação de conteúdos artificiais.
O grande diferencial continuará sendo o fator humano: estratégia, posicionamento, autenticidade e conexão com o público. Criar por criar não será o suficiente — e talvez nunca tenha sido. A IA pode ser uma aliada, mas dificilmente substituirá a criatividade com propósito.
O que as marcas devem observar
Para empresas e empreendedores, essa nova fase exige atenção redobrada. Testar novas plataformas, acompanhar tendências e entender o comportamento dos usuários será ainda mais essencial. Uma nova rede social surgindo significa também uma nova forma de anunciar, de se relacionar e de construir autoridade.
Quem se adaptar mais rápido e souber usar as ferramentas com inteligência (humana e artificial) terá uma vantagem competitiva.
Conclusão
A OpenAI está ampliando sua atuação e pode, em breve, balançar o mercado de redes sociais. Ainda não sabemos como será o produto final, nem quando ele será lançado. Mas uma coisa é certa: o jogo está mudando.
E, mais do que nunca, quem trabalha com comunicação digital precisa ficar de olho.