Para facilitar o acesso à prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis (IST), a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por intermédio do Programa IST/Aids, está com a unidade móvel ‘Fique Sabendo’ na Expo Verão, também nesta sexta-feira, 20, na Orla da Atalaia. O objetivo é disponibilizar testes rápidos e gratuitos de HIV, sífilis e hepatites B e C para a população. O teste rápido é bem prático e o resultado é fornecido em, no máximo, 30 minutos.
De acordo com o médico e referência técnica do Programa IST/ Aids, Almir Santana, todas as pessoas sexualmente ativas e que não utilizam preservativo precisam fazer regularmente o teste de HIV, independentemente se têm ou não relações sexuais com um ou vários parceiros. “O diagnóstico precoce é fundamental, pois possibilita o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que impedem a evolução da infecção pelo HIV para a Aids (manifestações clínicas da infecção) e, por diminuir a carga viral (quantidade de HIV no sangue e secreções), interrompe a transmissão do HIV. Além disso, mães soropositivas podem aumentar suas chances de terem filhos sem o HIV, se forem orientadas corretamente a seguirem o tratamento durante o pré-natal, parto e pós-parto”, explica o médico.
É importante lembrar que as gestantes e seus parceiros sexuais devem realizar o teste de HIV, de sífilis e da hepatite B durante o pré-natal. Todas essas infecções podem ser transmitidas da gestante para o bebê e por isso é importante a realização dos testes para que possam ser feitos os procedimentos de prevenção da transmissão vertical. Pensando nisso, a mãe de primeira viagem Ketlyn Diana fez sua testagem. “Eu estou com cinco meses de gestação e resolvi fazer o teste como uma prevenção, tanto para mim quanto para o meu bebê. Assim fico mais tranquila de ele nascerá saudável”, relata a grávida.
Tipos de testes de HIV
testes rápidos são práticos e de fácil execução. Podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue na ponta do dedo ou ainda pode ser amostra de fluido oral (autoteste) e fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos. Para os exames laboratoriais, o serviço realiza a coleta de sangue venoso (da veia) e encaminha para o laboratório para processar. Os testes rápidos para diagnóstico do HIV estão disponíveis na atenção primária. Os outros exames de sífilis e hepatites virais B e C também estão disponíveis na rede do SUS.
As farmácias e alguns serviços públicos estão disponibilizando o autoteste, que é feito pela própria pessoa, em casa ou em qualquer lugar, no momento que preferir, sozinho ou com alguém em quem confia. O exame pode utilizar fluido oral ou sangue, a depender do tipo de teste escolhido. É um teste de triagem. Precisa ser confirmado numa unidade de saúde ou num laboratório.
Resultado
Todo teste de HIV deve ser acompanhado de aconselhamento, que consiste em um diálogo confidencial entre o usuário que procurou fazer o teste e o profissional de saúde, com o objetivo de avaliar as situações de riscos pessoais para as infecções sexualmente transmissíveis e a promoção de comportamentos preventivos. O aconselhamento também procura orientar sobre o resultado do teste, que pode ser reagente (popularmente chamado positivo) ou não reagente (popularmente denominado negativo).
O resultado reagente significa que anticorpos para o HIV foram encontrados no sangue. Contudo, o exame não indica sobre o desenvolvimento futuro da infecção pelo HIV e se a pessoa tem ou terá Aids. Essa pessoa será encaminhada para realizar os exames complementares e início do tratamento. Será orientada, também, com relação às novas tecnologias para a prevenção. O resultado não reagente indica que não há a presença de anticorpos contra o HIV ou que a infecção foi recente e não houve a produção dos anticorpos. A pessoa será orientada sobre as novas tecnologias de prevenção (PEP – Profilaxia Pós-exposição) e PrEP – Profilaxia Pré-exposição) e, se necessário, repetir o teste 30 dias após.