“Durante a fase de manutenção, chegamos a ter 1.500 funcionários. Hoje geramos 500 empregos, além da geração de impostos. Acho importante comentar que tudo isso só foi possível graças ao grande esforço do Governo de Sergipe na pessoa do governador Belivaldo Chagas; dos secretários da Fazenda, Marco Antônio Queiroz, e do Desenvolvimento Econômico, José Augusto Carvalho, assim como do superintendente-executivo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Marcelo Menezes. O governo estadual nos apoiou bastante e, com isso, conseguimos nos tornar, no Brasil, o único produtor de ureia, que é um insumo fundamental para a agricultura brasileira”, afirmou Roberto Noronha.
A incorporação da mão de obra mantida pelas fábricas de fertilizantes de Sergipe e da Bahia antes de suas hibernações, em 2019, foi mais uma das pautas abordadas ao longo da entrevista. “Conseguimos aproveitar boa parte das pessoas que tinham saído no fechamento. Demos prioridade àqueles que eram da região e que já tinham alguma experiência prévia. Conversamos com os prefeitos das cidades circunvizinhas, e todos pediram prioridade em relação às comunidades locais. A felicidade dessas comunidades, da sociedade e nossa de poder absorver essas pessoas foi imensa, e nos deixou muito comovidos”, enfatizou o CEO.
Atualmente, a unidade produz ureia e amônia, e tem capacidade de produção anual de 650 mil toneladas de ureia, 450 mil toneladas de amônia e 320 mil toneladas de sulfato de amônio. Para o governador Belivaldo Chagas a retomada da antiga Fafen é motivo de muita alegria. Ele lembra o compromisso do Governo de Sergipe para a continuidade das operações, em esforços que envolveram a gestão estadual e municipais, além de deputados da bancada sergipana. “A atuação da Unigel vem situando Sergipe como um expoente nacional da produção de fertilizantes. É uma grande satisfação ver a nossa fábrica em atividade novamente e saber das boas perspectivas que ela trará aos sergipanos. O Governo de Sergipe continuará colaborando para que essa trajetória proporcione cada vez mais bons resultados”, declarou.
Perspectivas
O representante da Unigel também salientou o papel da unidade sergipana no contexto de vulnerabilidade brasileira frente à importação de fertilizantes. Segundo Roberto Noronha, entre as quatro maiores potências do agronegócio no mundo, apenas o Brasil depende da produção externa de fertilizantes em mais de 70%. “Com a reativação das fábricas em Sergipe e na Bahia, estaremos produzindo entre 15% e 20% da demanda nacional, reduzindo nessa mesma proporção a dependência brasileira”, pontuou.
O CEO apresentou ainda as expectativas da companhia para o próximo período. “Nossa visão é de que a gente consiga consolidar a operação das unidades de Sergipe e da Bahia. Estamos falando aqui de quase 1,2 milhão de toneladas de ureia por ano, além de quase 700 mil toneladas, por ano, de sulfato de amônio e mais quase um milhão de toneladas de amônia. São volumes grandes, importantes para o país. Queremos seguir crescendo com esse negócio, sempre em parceria com nossos clientes, com um produto disponível e competitivo”, finalizou.