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Charles Albuquerque (*)

 

Ah, o celular, essa extensão quase inseparável de nossas vidas modernas. Nos conecta, nos informa, nos entretém. É bem verdade que esse pequeno device vai além do entretenimento; para muita gente, ele se transforma num inseparável instrumento de trabalho e, exatamente, por isso ele se transforma num perigoso plug come-tempo.

Será que estamos conscientes dos riscos que esse pequeno dispositivo carrega consigo, especialmente quando usado de forma excessiva?

O uso descontrolado de celulares, tanto por adultos quanto por crianças, tem levantado preocupações cada vez mais evidentes. A exposição prolongada às telas dos smartphones não só afeta nossa saúde mental e física, mas também interfere em nossos relacionamentos, na qualidade do sono e no desenvolvimento saudável das crianças.

A recomendação médica é clara: para preservar nossa saúde e bem-estar, é essencial estabelecer limites no tempo de uso dos dispositivos.

Estudos sugerem que, para adultos, limitar o uso do celular a duas horas por dia pode trazer benefícios significativos para a saúde mental e a qualidade de vida. Isso mesmo! Apenas e tão somente, duas horas por dia!

Quanto às crianças, a questão é ainda mais sensível. Não existe uma idade determinada para o uso de celulares, mas é consenso que o acesso deve ser gradual e monitorado.

A supervisão do tempo e do conteúdo aos quais as crianças têm acesso é crucial

Muitos especialistas recomendam adiar o uso do celular até os 12 anos, focando, até então, em brincadeiras ao ar livre, interações sociais face a face e atividades educativas.

Além do tempo, é crucial supervisionar o conteúdo ao qual as crianças têm acesso, tarefa nada fácil. Controlar o uso das redes sociais, garantir que o conteúdo seja apropriado para a idade e estimular um ambiente familiar saudável, onde o diálogo aberto sobre o uso do celular seja incentivado, são passos importantes para um relacionamento equilibrado com a tecnologia.

É importante compreender que o uso do celular não é o vilão em si, mas sim o excesso e a falta de controle sobre seu uso. Estabelecer limites, promover a moderação e incentivar o equilíbrio entre o mundo digital e o mundo real são fundamentais para preservar nossa saúde física e mental. Esses são os grandes desafios, principalmente, para os pais de crianças e adolescentes que acessam precocemente o celular.

Encontrar o equilíbrio saudável no uso dos nossos dispositivos tecnológicos, valorizar o tempo de qualidade com a família, a natureza e nossos próprios pensamentos é mais que necessário, é um dever de pais e mães contemporâneos.

Até a próxima, que possamos encontrar a sabedoria para utilizar a tecnologia como aliada, sem perder a conexão com o que é essencial; e que está se tornando cada vez menos visível aos olhos: a interação intrafamiliar. Afinal, à flor da pele, as pessoas não podem se conectar por WIFI.

 

Um grande abraço.

 

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