Na última quarta-feira, 22/06, reuni amigos, familiares, antigos vizinhos, colegas de turma do ginásio e científico, da Faculdade de Agronomia, companheiros de trabalho, pessoas que conheço há mais de 55 anos, em uma livraria de minha cidade, São Luís do Maranhão, para o lançamento do livro “Das muletas fiz asas”, após várias vezes adiado e postergado, finalmente foi publicado e agora lançado. Foram momentos de alegria, magia, encantamento e gratidão ao bom e maravilhoso Deus por tudo que estava acontecendo naquele momento. Uma semana antes do lançamento concedi várias entrevistas para a divulgação do livro: matéria nos principais jornais impressos, em circulação na cidade; blogs de diferentes lugares do Brasil, entrei ao vivo no principal telejornal matutino na emissora líder de audiência local, entrevistas para as rádios, enfim uma verdadeira maratona de mídias. Quem poderia imaginar tal situação? Nem nos meus maiores devaneios.
Finalmente chegou o grande dia, o lançamento do livro “Das muletas fiz asas”, colheita do que foi plantado lá atrás, cultivado com perseverança, esperança de dias melhores, tendo a presença do Deus Vivo à frente de tudo.
Em 11 de junho de 2003, vi minha vida mudar bruscamente e tomar um rumo que jamais tinha imaginado: um terrível acidente, que resultou em uma perna esmagada, tirando-me do meu cotidiano, lançando-me a um turbilhão de angústias, dores e incertezas. Foram dias, meses, anos no processo de recuperação e reabilitação. Com muita força de vontade, fé inabalável no Deus Vivo, ajuda da família e dos amigos, saí do período mais crítico com sequelas permanentes. Essa poderia ser mais uma história de como uma tragédia pode destruir vidas, planos e sonhos, mas, o grave acidente que quase me custou a vida despertou em mim a vontade de viver e a sede de voar, de alçar voo e conhecer o mundo. O acidente foi um divisor de águas em minha vida.
“A vida não passa de uma hospedaria onde é preciso estar sempre com a mala pronta”, diz Charles Labitte, historiador e crítico francês. Somos seres de transição, estamos aqui de passagem, embora óbvio, quem descobre isso vive melhor. Após o acidente vi que estava vivo, ajustei as velas do barco, vendo para onde o vento soprava e segui em frente.
“Terra, aproveite enquanto está em cima dela”, tudo é tão passageiro e fugaz, “somos instantes, e em instantes tudo muda”. Da Terra do Fogo na Patagônia Argentina ao Alasca nos Estados Unidos, já são 143 países visitados em todos os continentes do mundo. Por essa façanha, entrei no Livro dos Recordes como o sul-americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida.
A meta e o planejamento são para voltar a voar por esse mundão e conhecer todos os 194 países da terra. Estou em casa desde os primeiros meses de 2020 quando o Corona: vírus invisível, traiçoeiro e altamente letal modificou nossa vida para sempre. Estamos vivendo e vivenciando tempos difíceis, tóxicos, mas é imperativo seguir em frente, se adaptando às novas circunstâncias, agora como novos protocolos de segurança.
Neste livro, “Das muletas fiz asas”, o leitor acompanhará a trajetória de vida de um homem simples, que não fala línguas estrangeiras, não puxa mala, não tem muito dinheiro, mas tem determinação, obstinação e teimosia; com espírito aventureiro e corajoso, conseguiu vencer suas dificuldades físicas, emocionais e financeiras e ganhou o mundo.
“Só se vive uma vez, mas se souber viver bem, uma vez é suficiente”, afirma Joe E. Lewis, comediante e cantor estadunidense. Cito essa frase no livro, pois penso igual, a vida é curta, por que torná-la pequena?
O livro foi feito com o coração, com boas e inspiradoras histórias, que falam de viagens, pessoas, situações engraçadas, perrengues vividos por mim, mas acima de tudo de otimismo, pois vim ao mundo com o olhar voltado para o bom e belo, e uma incorrigível vontade de que no final tudo dê certo.
Caro leitor, amiga leitora, “quando a situação for boa, desfrute-a; quando a situação for ruim, transforme-a; e quando a situação não puder ser transformada, transforme-se”, eia diz Viktor Frankl, neurologista austríaco.
Oxalá você goste da leitura de “Das muletas fiz asas”, lhe convido: vamos voar?
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Luiz Thadeu Nunes e Silva é engenheiro agrônomo, palestrante, cronista e viajante: o sul-americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 143 países em todos os continentes e autor do livro “Das muletas fiz asas”.
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