A venda de veículos novos, em 2020, teve uma queda de 19,3% em Sergipe, segundo dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado (Sincodiv). No ano passado foram comercializados 14.734 veículos, enquanto que em 2019 foram 18.258, uma diferença de 3.524 unidades.
Hoje, 8, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgou que a venda de carros novos no país teve uma queda de 26,2% no ano de 2020, ao serem licenciados 2.058.437 unidades. No mês de dezembro houve crescimento de 8,4% na comparação com o mês anterior. O último mês foi o melhor em vendas no ano (243.967 unidades), com média diária de 11,6 mil unidades.
Segundo matéria do site Garagem SE, as marcas que ocupam o pódio do ranking regional das 10 mais vendidas em 2020 são exatamente as mesmas que ficaram no topo em nível nacional. A General Motors (GM) foi líder de vendas no Brasil pelo quinto ano consecutivo, com 338.590 veículos licenciados no ano passado. Volkswagen e Fiat aparecem no segundo e terceiro lugares no ranking, ambas vendendo acima das 300 mil unidades.
Por aqui, a GM também foi a marca com a melhor performance do ano: foi a preferência de 2.782 clientes. Não muito distante da General Motors, com uma diferença de 240 automóveis comercializados, está a Volkswagen (2.542).
A Fiat (1.487) completa o pódio, mas vale destacar que a disputa foi acirrada pelo terceiro lugar. A Ford (1.397) foi a quarta marca que mais vendeu em Sergipe em 2020, registrando apenas 90 unidades a menos do que a Fiat. A Hyundai (1.322) ficou na quinta colocação, com uma diferença de cerca de 70 unidades em relação à Ford.
Ranking das dez marcas mais vendidas em Sergipe em 2020 – volume e participação no mercado
GM: 2.782 – 18,9%
Volkswagen: 2.542 – 17,30%
Fiat: 1.487 – 10,10%
Ford: 1.397 – 9,50%
Hyundai: 1.322 – 9%
Renault: 1.029 – 7%
Toyota: 932 – 6,30%
Jeep: 827 – 5,60%
Nissan: 510 – 3,50%
Honda: 406 – 2,80%
De acordo com a Anfavea, a produção chegou a 209.296 unidades em dezembro, o que segundo a entidade, foi uma boa surpresa, apesar de todos os desafios logísticos, das limitações de insumos e dos protocolos sanitários. “A indústria fez um grande esforço para atender a demanda, trabalhando aos finais de semana e suspendendo parte das férias coletivas, mas entra em 2021 com os estoques mais baixos de sua história, suficientes apenas para 12 dias de vendas”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
No acumulado do ano, houve queda de 31,6%, quando comparado às 2.944.988 unidades de 2019 com as 2.014.055 produzidas em 2020. “As quedas acentuadas, mas não tão drásticas como se projetava no início da pandemia. A grande injeção de recursos emergenciais na economia e a força do agronegócio ajudaram a amenizar as perdas do segundo trimestre, quando boa parte das fábricas e lojas permaneceram fechadas”.
As exportações de 324.330 unidades no acumulado do ano foram as piores desde 2002, um retrocesso de quase duas décadas. O número foi 24,3% menor do que o registrado em 2019. Em valores, a receita de US$ 7,4 bilhões foi menos da metade do que se exportou em 2017 (US$ 15,9 bilhões).
De acordo com o presidente da Anfavea, a entidade continua analisando o ano de 2020 com certa preocupação, mas avalia que os pontos positivos no meio da pandemia, apesar de todos as dificuldades, foram a injeção de liquidez nas linhas de crédito, o abono emergencial e as medidas de flexibilização para as indústrias – como a suspensão temporária dos contratos e a redução da jornada de trabalho. “Tudo isso ajudou a economia de alguma forma e atenuou a queda do PIB (Produto Interno Bruto)”.
Segundo Moraes, ao olhar para 2021 a expectativa é a de que haja crescimento do PIB em torno de 3,5%, o que indica que haverá crédito suficiente para atender o crescimento do mercado. Ele avalia que o mercado trabalhará com um câmbio flutuante e que a confiança do consumidor pode ser prejudicada pela pandemia, o que pode ser revertido com a vacinação da população.
Para o presidente da Anfavea, entre os desafios a serem encarados pelo setor estão a fragilidade do mercado de trabalho, desafio fiscal com a crise da covid-19, aumento da carga tributária anunciada pelo estado de São Paulo, extensão da crise sanitária, questões de logística e de oferta.
“Nossa estimativa para o setor em 2020 é conservadora, com um crescimento de 15% nos emplacamentos totais, 9% nas exportações, produção crescimento de 25%. Se percebermos que existe movimento diferente das premissas iniciais podemos rever e ajustar as projeções”, disse Moraes.
Fontes: Agência Brasil e Garagem SE
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